Inicio de colonização italiana no Brasil
Os italianos primeiramente se instalaram no Sul do Brasil. Em 1850, o País decreta a Lei de Terras, em que só se podia ter acesso às terras através da compra das mesmas, e não apenas apossando-se delas, como anteriormente. O fator principal de o Sul ser o pioneiro na imigração italiana se deve ao mais fácil acesso às terras naquela região. Aos italianos, restou as terras mais inférteis ao longo das serras sulistas, pois as melhores terras já se encontravam ocupadas, sobretudo por imigrantes alemães.
Nessas regiões, o italiano se agrupou em colônias agrícolas, muitas vezes compostas exclusivamente por italianos. Desta maneira, o doloroso fato de abandonar sua terra natal se tornava mais ameno, a partir do momento que o imigrante tentava recriar em terras brasileiras características de seu país de origem.
Em 1872, italianos vindos das regiões de Veneto e Trento, estabeleceram-se, como agricultores, em vários núcleos coloniais da região de Curitiba. Esses núcleos deram origem aos atuais bairros de Pilarzinho, Água Verde, Umbará e Santa Felicidade, entre outros. Os colonos dedicaram-se inicialmente à produção de queijos, vinhos e hortigranjeiros.
Em 1875 foram criadas mais colônias em Paranaguá, Morretes e Antonina, na Serra do Mar, no Paraná, e nas atuais cidades de Garibaldi e Bento Gonçalves na Serra gaúcha, no Rio Grande do Sul.
Os imigrados no Rio Grande do Sul eram, em sua maioria, do Vêneto. Após cinco anos, o grande número de imigrantes obrigou o Governo a criar uma nova colônia italiana, Caxias do Sul. Os italianos se espalharam por várias partes do Rio Grande do Sul, e muitas outras colônias foram criadas por particulares, que vendiam as terras aos italianos. Nessas terras, os imigrantes italianos começaram a cultivar uvas e a produzir vinhos. Atualmente, essas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil.
Em Santa Catarina, os colonos que vieram do norte da Itália no final do século XIX fugindo da pobreza se estabeleceram principalmente no sul do estado. Hoje seus descendentes representam quase metade da população catarinense e ocupam posição de destaque na economia através da vinicultura e da produção de grãos, queijos e embutidos. O turismo rural encontra terreno fértil na região de Criciúma, Urussanga e Orleans, onde antigos casarões coloniais e cantinas típicas dividem a atenção com obras de arte como o Paredão do Zé Diabo e o Museu ao Ar Livre, que retrata a vida dos primeiros imigrantes.
Nas colônias do Sul do Brasil, os imigrantes italianos puderam se agrupar no seu próprio grupo étnico, onde podiam falar seus dialetos de origem e manter sua cultura e tradições. A imigração italiana para o Brasil meridional foi muito importante para o desenvolvimento econômico, assim como para a cultura e formação étnica da população
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